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Empresas do Tec Labs na linha da frente ao combate ao COVID-19

O assunto do momento é inevitável e dá pelo nome de COVID-19. Já é conhecido o envolvimento da Faculdade de Ciências da ULisboa, através de vários grupos de investigação, na linha da frente ao apoio ao combate a esta pandemia em estreita colaboração com a Direção-Geral de Saúde e com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, tal como foi noticiado aqui, mas este contributo não se esgota aqui.

No Tec Labs – Centro de Inovação também são várias as empresas a trabalhar para encontrar soluções que ajudem doentes, profissionais, unidades hospitalares e autoridades governamentais nesta luta, que só poderá ser vencida pelo esforço conjunto.

Desde logo a Maxdata, empresa já estabelecida há vários anos no nosso país e que tem uma unidade de I&D nesta incubadora. Nas últimas semanas a empresa teve a sua equipa a trabalhar arduamente nas devidas adaptações ao seu software Clinidata®, presente nos principais hospitais públicos e privados portugueses e em laboratórios de referência nacionais e internacionais. Estas adaptações têm como objetivo permitir novas parametrizações e integrações, bem como automatismos que acelerem a deteção do vírus e a identificação de doentes COVID-19, e respetiva comunicação atempada à Direção-Geral de Saúde.

O Centro Hospital Universitário de São João do Porto, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte ou o Hospital de Ovar são apenas algumas das mais de dez unidades hospitalares que estão a beneficiar desta solução adaptada à realidade atual.

Já a Delox, spin-off da Faculdade de Ciências que desenvolveu uma tecnologia proprietária de bio-descontaminação, está, neste momento, a desenvolver um sistema de bio-descontaminação de máscaras hospitalares descartáveis e de equipamentos de proteção individual utilizados pelos profissionais de saúde. Como se sabe, estes são equipamentos escassos um pouco por toda a Europa e em caso de carência grave durante o atual combate ao surto, a implementação deste sistema de reutilização segura pode ser crucial.

Por sua vez a proto-company de Ciências, Nevaro, desenvolveu uma plataforma online gratuita de tracking remoto dirigida a todos os que queiram acompanhar a evolução temporal dos potenciais indicadores do novo coronavírus, sejam ou não portadores do mesmo ou doentes de risco.

Também a UpHill, uma das startups incubadas no Tec Labs, uniu esforços com a Evidentia Médica e a Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública a fim de proporcionar a melhor evidência científica sobre a COVID-19. Nesse sentido, a empresa disponibiliza agora soluções e informações dirigidas às necessidades imediatas do surto pandémico, tais como artigos e cursos práticos de abordagem para apoiar os profissionais de saúde nas suas tomadas de decisão, facilitar o acesso rápido e sistematizado a protocolos de atuação e à informação científica disponível, tal como testar as competências práticas na abordagem diagnóstica e terapêutica ao novo COVID-19.

Outra destas startups a trabalhar na linha da frente do combate é a Lean Health Portugal, que está no terreno a ajudar o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte a redesenhar circuitos de doentes para aqueles que, não tendo COVID-19 mas com necessidade de continuar a receber cuidados pelo seu estado de saúde, tenham o mais eficiente acompanhamento adaptado à realidade atual.

Através das suas soluções, baseadas em metodologias lean aplicadas à saúde, têm também dado apoio de back office na análise de processos e recursos que permita a realocação de recursos humanos em tarefas aliviadas devido à suspensão de consultas e meios complementares de diagnóstico e terapêutica. Esta crucial tarefa de realocação permite apoiar as funções em sobrecarga de trabalho, quer na parte laboratorial, quer na parte de apoio da linha da frente, permitindo revezar colegas exaustos ou doentes.

Por último, a Lean Health Portugal, em parceria com a Vodafone IoT, irá disponibilizar ainda esta semana 10 kits que irão permitir a monitorização dos sinais vitais de forma remota de pacientes menos graves de COVID-19, que estejam em regime de internamento domiciliário. Serão 10 internamentos com um melhor nível de cuidados assegurados e que, ao mesmo tempo, aliviarão a pressão da sobrecarga de trabalho dos profissionais de saúde.

A Thereus Health, uma plataforma de literacia em saúde que neste momento está focada em doentes de Alzheimer, também publicou, na semana passada, artigos especiais dedicados ao COVID-19. As informações foram baseadas em instruções da Direção-Geral de Saúde e da Alzheimer Portugal e têm como objetivo diversificar as fontes de informação credíveis e fiáveis que chegam a esta população vulnerável, consciencializando-os para os cuidados e precauções que devem ter nesta altura tão atípica e inesperada que estamos a viver

Por último, a Delta Soluções, outra das empresas sediadas nesta incubadora e que se dedica ao desenvolvimento de soluções web, mobile e software, foi outra das empresas que decidiu ativamente dar o seu contributo e juntar-se a esta luta. Depois de decretado o estado de emergência e do encerramento de muitos estabelecimentos comerciais, a empresa meteu mãos à obra e em 48 horas construiu o #EntregaEmCasa, uma plataforma online e gratuita que permite encontrar empresas que façam entregas em casa ou serviços ao domicilio em todo país, ajudando assim todos aqueles que estão em quarentena voluntária e que querem evitar ao máximo sair de casa nesta fase ou todos aqueles que têm dificuldade em deslocar-se a grandes superfícies comerciais, como a população mais idosa.

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