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Web Summit 2019 – Venham mais 10?

Estivemos presentes em mais uma edição da Web Summit no início deste mês.

Exceto para a Filipa, que participou pela primeira vez, o feeling foi muito familiar, e de certa forma cíclico, desde o levantar da credencial no aeroporto até à célebre fila para entrar onde, inevitavelmente, encontramos sempre alguém conhecido num autêntico mar de gente, o que configura um fenómeno probabilíssimo de classe “Euromilhões”.
Comparativamente às anteriores edições, é notória a evolução positiva da organização e todos estes passos pareceram bem mais ágeis este ano.

Lá dentro, não registámos grandes novidades. A efervescência habitual nos stands das startups, que tentam tudo para se destacar na multidão, desde cartazes colados em pau de vassoura a casaco de lantejoulas, passando por exuberantes fatos de cor laranja. Fizemos de ponto de passagem frequente os stands da Startup Up Portugal e da Made of Lisboa para tentar rever/encontrar alguns dos atores do nosso ecossistema. E, se por um lado ficámos felizes sempre que isso aconteceu, bateu também uma certa tristeza pelo facto de alguns deles apenas revermos uma vez por ano, em novembro. Ficou a nota para sermos ainda mais (pro)ativos nas ações de aproximação aos nossos pares.

Conseguimos ainda tempo para sentar um bocadinho e ouvir algumas talks. O tema do momento é claramente privacidade, com os mediáticos casos que tanto têm abalado o mundo digital. Saímos de novo com a sensação de que os oradores são demasiadamente politicamente corretos e esperávamos alguma agitação, manifestação de pontos de vista mais diretos (talvez radicais) que proporcionassem mais discussão na sociedade. Ainda não foi desta, têm mais 10 anos para, talvez, mudar.

Queremos destacar, e vivamente recomendar, os eventos paralelos que acontecem por altura da Web Summit. Alguns são deveras interessantes e uma forma muito menos confusa de conversar com investidores, internacionais ou nacionais. Este ano estivemos num evento na Bright Pixel dinamizado pela embaixada de Israel em Portugal e o sentimento final foi muito positivo.

Para terminar, e em jeito de recomendação: a Web Summit é um acontecimento incontornável mas atrevemo-nos a argumentar que a participação/entrada não é absolutamente imprescindível para as startups (ter um stand, entenda-se). Parece-nos mesmo muito mais interessante reunir com quem nos interessa nos eventos paralelos, ou combinar o nosso próprio almoço/lanche/jantar paralelo.

Participando, ou não, no certame, continua a ser imperioso: preparar com a devida antecedência (uns 2 ou 3 meses, diríamos), identificando claramente os vossos targets para começar uma operação de charme que termine, idealmente, com um encontro cara-a-cara.

Bruno Santos Amaro

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