Não tinha passado nem um mês dos Ciências EIT Innovation Days – entretanto noticiados aqui – e já as vencedoras do certame se dirigiam ao Imperial College, em Londres, para participarem no Winner’s Event de todos os Innovation Days que se realizaram pela Europa. E a confirmar a senda de vitórias de Ciências, a aluna do Mestrado em Bioestatística Carolina Bulhosa fez parte da equipa vencedora desta competição europeia!
“Foi muito cansativo, muito intenso… Mas o mais interessante foi podermos conhecer pessoas de países diferentes, perceber as diferenças do modo de funcionamento das universidades de diferentes países”, conta-nos. “Conheci estudantes já com muita circulação pela Europa, com origens muito diversas”. E, aparte as diferenças culturais, que diferenças face ao evento organizado em Ciências? Conta-nos a Carolina que desta vez o tema foi o mesmo para todos os grupos: problemas mentais em estudantes universitários e modos de os enfrentar. Ao nível das dinâmicas houve também algumas diferenças fundamentais: o ritmo foi em geral muito mais elevado, e as várias fases de ideação e preparação da apresentação foram segmentadas por etapas, isto é, cada pequena fase tinha tempo associado para ser cumprida. Por outro lado, as dinâmicas de grupo, que para o Tec Labs são sempre um must, foram postas em segundo plano – os elementos dos grupos foram lançados às feras!. Ademais, não houve trabalho noite dentro, esse ficou reservado inteiramente para o segundo dia. Modos diversos de funcionar que registaremos para os próximos Innovation Days, já em 2019!
Mas há que apresentar a ideia que o grupo da Carolina apresentou e que convenceu o júri a atribuir-lhe o 1º prémio. Reconhecido o early onset de muitos dos problemas de saúde mental apresentados por estudantes universitários, o grupo decidiu focar-se no início da adolescência e criar o que denominaram como Pass Support. Trata-se de um sistema integrado de acompanhamento, de ensino de técnicas para lidar com o insucesso, a frustração, a ansiedade, que tem início aos 12 anos e se prolonga pelo ensino secundário, com os alunos mais velhos e experientes a serem chamados a ajudarem os mais novos. O Pass Support vem a ser uma espécie de passaporte: à medida que atinges certos skills ou objectivos, tens um carimbo.
E o futuro? A Carolina confessou-nos ter, antes de toda esta experiência, pouca proximidade com o mundo do empreendedorismo. “Antes disto não queria de todo criar uma startup. Achava que não fazia sentido. [Mas] isto de facto mudou a minha visão. De alguma forma influenciou-me. Abriu-me horizontes”. A seguir ao Mestrado em Bioestatística, que terminará no próximo ano, a Carolina não sabe ainda o que irá fazer, mas é certo que acrescentou a criação de negócio ao leque de possibilidades!
Quem sabe se, em breve, não teremos uma empresa da Carolina incubada no Tec Labs?
Um bom ano!
